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Prefeitura reinaugura o Centro Olímpico de BMX do Parque Radical de Deodoro e cariocas poderão aprender o esporte em escolinhas – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

As ondulações da pista de BMX foram corrigidas e o asfalto substituído. Foto: Marcos de Paula

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, entregou, nesta sexta-feira (03/01), as obras de recuperação do Centro Olímpico de BMX do Parque Radical de Deodoro. A pista construída para os Jogos Olímpicos Rio 2016 foi totalmente reformada, conta com percurso de 350 metros (feminino) e 400 metros (masculino), e ocupa uma área de cerca de quatro mil metros quadrados. O Rio de Janeiro é a única cidade do mundo a manter uma pista de BMX em nível olímpico, após ter realizado uma edição das Olimpíadas.

– O Rio quer ser o celeiro dos esportes de alto rendimento. Estamos pleiteando o PAN de 2031 e a cidade já está pronta para receber esses Jogos. Temos o nosso Time Rio e vamos continuar investindo pra fazer do Rio de Janeiro um lugar melhor – frisou o prefeito carioca.

A pista do Centro Olímpico de BMX ainda conta com duas opções de partidas para as competições, uma com 8m de altura, para provas em nível olímpico e competições internacionais; e a outra com 5m para receber atletas amadores que estão começando no esporte. Com essa entrega, Paes lembrou que tudo que havia sido prometido como legado dos Jogos Olímpicos foi retomado ao assumir a prefeitura em 2021 e entregue nos últimos quatro anos.

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Esporte, vai celebrar uma parceria com a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) para que a nova pista de BMX olímpica seja local de treinamento dos atletas confederados. Além disso, a entidade também se comprometerá a oferecer escolinhas para a população que queira começar a praticar o esporte. A parceria seguirá os mesmos moldes das escolinhas de canoagem que já existem no Estádio de Canoagem Slalom, também Parque Radical.

– Estou muito feliz pela primeira entrega de 2025 ser essa pista tão importante. E não temos dúvidas de que vai ser muito utilizada, pelos atletas profissionais e pelas escolinhas – afirmou o secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder, que ainda previu a formação de novas gerações de atletas do BMX no Parque Radical de Deodoro.

Com um investimento de R$ 4,5 milhões, as obras foram realizadas pela Empresa Municipal de Urbanização (Rio-Urbe), órgão vinculado à Secretaria Municipal de Infraestrutura, em parceria com a Secretaria de Esportes. Localizado na Zona Oeste, o Complexo Esportivo Deodoro foi sede de nove modalidades Olímpicas e quatro Paralímpicas durante os Jogos Rio 2016.

Entre as melhorias da nova pista, foram feitas a recuperação total da estrutura metálica existente para a largada de oito metros e a construção de uma nova largada para cinco metros de altura. Também foi feita a substituição da superfície da rampa em madeirite para laje em steel deck, com concreto armado e fita antiderrapante. Para corrigir ondulações, a pista de saibro passou por manutenção com aplicação de estabilizador de solo em toda a sua extensão e o asfalto foi substituído, recebendo nova pintura. O tapete sintético laterais da pista de ciclismo foi removido e recebeu revestimento em concreto projetado. Por fim, as canaletas de drenagem receberam serviços de limpeza.

Vale lembrar que a pista foi projetada considerando a situação topográfica e os ventos predominantes na região de Deodoro, características que podem interferir no desempenho dos atletas. As ondulações foram colocadas com intervalos de 10 metros para dar opções de percurso ao atleta, como saltar de 10 metros em 10 metros com velocidade maior e mais risco ou seguir o traçado no solo, com velocidade menor e mais segurança. São obstáculos para saltos triplos, duplos e a “seção de ritmo” – sequência de saltos e obstáculos curtos que permitem ao ciclista dar ritmo e fluxo na última reta para a chegada.

– Esta pista é única. Em lugar nenhum do mundo uma pista de BMX ficou como legado olímpico. Essa é uma das melhores pistas do mundo. Apenas 15 atletas no Brasil conseguem largar dessa saída de oito metros. Podemos receber competições internacionais de nível olímpico – afirmou o engenheiro civil responsável pelas obras, Armando Queiroga.

Presentes ao evento, atletas amadores e de alto rendimento exaltaram as qualidades da pista. Atual campeã brasileira de BMX Racing, Priscilla Stevaux disputou os Jogos Rio 2016 na mesma pista e ressaltou a importância da instalação para o desenvolvimento esportivo.

– A pista é sensacional. Poder competir numa pista de qualidade como essa, com ondulações perfeitas, ajuda a desenvolver o atleta – frisou Priscilla.

A qualidade da pista do Centro Olímpico de BMX foi enfatizada pelo atual campeão brasileiro de brasileiro de BMX Racing, Pedro Queiroz. Ele lembrou que existe outras instalações da modalidade no país, mas que não possuem a mesma excelência.

– Uma pista com esse padrão olímpico é especial. Temos algumas no Brasil, mas não chegam aos pés dessa. É muito importante para a evolução do nosso esporte – afirmou Pedro Queiroz, atleta de BMX da elite masculina.

 

Área de lazer para mais de três mil alunos em 19 atividades oferecidas gratuitamente à população

O Parque Radical de Deodoro, que além do BMX recebeu as competições de canoagem slalom e ciclismo mountain bike nos Jogos Olímpicos Rio 2016, virou uma grande área de lazer para a população. Com cerca de 500 mil metros quadrados, o local atende mais de três mil alunos em 19 atividades oferecidas de terça a sexta gratuitamente para a população. São elas: alongamento, balé, basquete, boxe, canoagem, capoeira, dança de salão, dança e ritmos, funcional, futsal, hidroginástica, karate, jump, musculação, nado livre, natação, pilates e tênis.

A piscina é aberta ao público para banho aos fins de semana. Desde dezembro de 2021, funciona aos sábados e domingos, das 10h às 17h, com público estimado de cinco mil pessoas por dia. O canal de canoagem slalom, que foi utilizado nos Jogos Olímpicos, virou local de treinamento da equipe de canoagem brasileira.

 

Legado Olímpico do Rio transforma vidas

O legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 segue transformando o Rio de Janeiro e a vida dos cariocas. Desde a preparação da cidade para receber o evento esportivo, até os dias de hoje, as mudanças são visíveis em diversos bairros, com novas oportunidades de lazer, cultura, educação e mobilidade para os cidadãos.

A Região Portuária foi totalmente revitalizada como parte da preparação da cidade para os Jogos Rio 2016. O projeto de recuperação proporcionou ao carioca novas opções de lazer, cultura e mobilidade urbana.

Com relação à moradia, diversos empreendimentos residenciais estão em construção na Região Portuária. Desde 2021, já foram lançadas aproximadamente seis mil unidades residenciais na área, em seis empreendimentos.

Na área de mobilidade, o Centro ganhou, o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que integra todos os meios de transporte do Centro e da Região Portuária: barcas, metrô, trem, ônibus, rodoviária, aeroporto, teleférico, terminal de cruzeiros marítimos, BRT Transbrasil e o Terminal Intermodal Gentileza, na região do Gasômetro. Construído para os Jogos Rio 2016, o sistema BRT opera com capacidade total e frota totalmente renovada nos corredores Transoeste, Transolímpica, Transcarioca e Transbrasil.

 

Espaços olímpicos foram transformados em escolas e parques

Diversas estruturas construídas para os Jogos Rio 2016 estão proporcionando um grande legado para a cidade. Em fevereiro de 2024, a Prefeitura do Rio entrou para a história com a inauguração do Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado, substituindo a Arena Carioca 3, no Parque Olímpico da Barra. Esta é a primeira vez que um estádio olímpico foi transformado em uma escola pública. O novo equipamento educacional é a maior escola da rede municipal de ensino e se tornou o principal marco da retomada do Plano de Legado Esportivo de 2016.

A Arena do Futuro deu origem a quatro Ginásios Educacionais Tecnológicos (GET). As unidades de ensino foram inauguradas em Bangu, Santa Cruz, Campo Grande e Rio das Pedras. Além disso, as estruturas das arquibancadas e da cobertura da Arena do Futuro foram doadas para o Estádio Luso-Brasileiro, de propriedade da Portuguesa, na Ilha do Governador.

A piscina do Estádio Aquático Olímpico será montada no Parque Oeste durante a segunda fase das obras, que estão em andamento. O parque fica localizado em um terreno de mais de 234 mil metros quadrados na Avenida Cesário de Melo, em Inhoaiba. Já o Velódromo oferece atividades esportivas gratuitas, é sede de competições e, em breve, ganhará um Museu Olímpico.

A Arena Carioca 2, em projeto do Governo Federal, dará lugar ao novo campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ). A unidade educacional vai garantir o acesso ao ensino técnico e profissional para 1.400 estudantes das comunidades da região de Jacarepaguá.

A Via Olímpica, uma área de circulação e convivência dentro do Parque Olímpico, foi transformada no Parque Rita Lee. As obras foram concluídas em maio de 2024, em uma área de 136 mil metros quadrados.

Responsável por receber mais de dez mil profissionais de imprensa durante os Jogos Rio 2016 e gerar as imagens das transmissões oficiais do evento esportivo, o Centro Internacional de Transmissão (IBC) foi desmontado. Suas estruturas de aço foram utilizadas na construção do Terminal Intermodal Gentileza.

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  • 3 de janeiro de 2025
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